MULHER DE COR

Não importa saber sua cor.
Não importa saber quem era.
Nem tão pouco a sua origem.
O que importa é o meu amor por ela.

Cresci ouvindo a sua voz,
Verdadeira benfazeja.
Cuidava-me com carinho,
Total  amor e, muita dedicação.

Foi fiel o tempo inteiro.
Ajudou aos meus pais na cração
De todos os meus irmãos.
Tornou-se mulher guerreira.

Aceitava os desafios, o preconceito.
Por causa de sua cor, que não era cor de leite.
Na luta pela vida, era uma serviçal.

Muito amada por nós, filhos de coração.
Pois nunca os teve, mas sabia amar.
O tempo foi passando, fiquei grande.

E ela dentro de casa, fazendo
O que lhe mandavam e pediam.
Casei cedo, deixei-a no mesmo lugar
Cuidando dos que ficaram.

E, a sua entrega era tanta,
Que a chamávamos de mãe.
Quero aqui homenagear a criatura
Que, entregou a sua vida por nós.

Peço ao bom Deus já que não se
Encontra mais entre nós para que,
Esteja entre os escolhidos no reino do céu.





2005
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 24/06/2008
Reeditado em 06/07/2016
Código do texto: T1048900
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