À grande resposta de João Justiniano a um compenetrado...
“O soneto é uma camisa de força?”
É... Pensando bem, Vá lá e até que o amigo,
“Puro (de) conceito”, admirando o umbigo,
Sacou uma nem fazendo idéia à orça.
Vou à teima qual um burro à cangorça,
Porque (já) sou um novo po-e-ta antigo
Pegando a deixa de um “tal”, que à perigo,
“Mente à cabeça” antes que o poema à torça.
Prefiro além... O soneto é um hospício
De quem o tem desejo, tem loucura
E um arquiteto que menos importe...
Quem toma, sabe. Essa “droga” (de vício)
Constrói os templos de quem ainda costura
Tal velha camisa fina, tão forte.
30-12-007