Mulher.
Hoje escrevo-te um poema.
Repito cada estrofe em silêncio.
Como navegante etéreo
busco anjos que me lembrem você.
Mulher que a tempos me despia
e que hoje tenho apenas recordações.
Onde se encontra o teu rosto ?
E os teus olhos, em que estrela se perdeu ?
Tento recordar a tua voz, tão doce,
meiga, cheia de ternura e carinho. . .
porém, já não a escuto.
Ela se mistura aos sons do infinito.
E o seu cheiro, faz tanto tempo.
Ele vem e vai, confunde-se às rosas,
aos cravos e jasmins.
Dissipa-se lentamente, como se não existisse.
Mulher, me sinto perdido, sem alento.
Meu corpo estremece, queria seu corpo. . .
Queria me entregar ao abandono dos seus caprichos.
Ir ao seu encontro, e num último beijo, silenciar-me.
08/03/06
Dia Internacional da Mulher