Que saudades

Minha bisavó era suave. Daquelas velhinhas com cheiro de alfazema que trazem acalento apenas por sua presença. Cozinhava divinamente e contar estórias era com ela mesma... lobisomens, monstros, fantasmas, esses os temas favoritos. Quando pequena, não havia luz elétrica e sua imaginação de menina ficou por anos guardada em sua memória.

Não sabia escrever, mas sabia prender a atenção e fazer-nos viajar e imaginar.

Não sabia ler, mas tinha um vasto conhecimento da alma humana.

Suas lições de vida permanecem até hoje em meu coração...

Bisa, acordei com tanta saudade... e inveja dos anjos que, com certeza, hoje se deliciam em ouvir suas estórias.

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 15/03/2006
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