DEBAIXO DA LONA




No picadeiro
Ou lá no trapézio,
Tudo isso é o circo
A nos alegrar!
Até os palhaços,
Quando às vezes choram,
Inundam os olhos
Mesmo a gargalhar.

Era bom demais
Aquele tempo, quando a criançada
Sem pensar em nada,
Corria nas ruas da cidadezinha,
Nas arquibancadas
Gritava a garotada alegre, feliz,
Eu acompanhada dessa meninada
Despreocupada como sempre quis,
Dando gargalhada, sem pensar
No que a gente grande diz.

Vem o intervalo, mas eu não me calo,
Porque logo após, vem os animais
Com seu domador expressando amor.
E eu me divirto;
Ensaio alguns gritos
Com a garotada, toda empoeirada
Repetindo bis!!!
Depois vem o mágico chamando atenção,
Com aqueles números tão enganadores
E as crianças calam;
Nos convence a todos,
Quando ele transforma
Lenços em bandeirolas
E de uma cartola que não tinha nada
Saem coelinhos, pombos e outros bichos...
Depois tanto aplauso...!
E a gente fica triste novamente.
Termina o espetáculo e a realidade
Da vida lá fora é tão diferente!
Debaixo da lona a gente esquece
Que é gente grande.
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Uma homenagem ao circo em todos os tempos


Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional
Isabelle Mara
Enviado por Isabelle Mara em 25/11/2008
Reeditado em 22/09/2014
Código do texto: T1301741
Classificação de conteúdo: seguro
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