ESPARRAMANDO O CORAÇÃO

Quanto ao amor que tenho por minha esposa, minha Rita de Cássia, não me envergonho de o sentir, de o declarar abertamente, pois não decidiria viver o resto da vida com alguém de quem não me orgulhasse, a quem não admirasse e com quem não desejasse estar a todo instante, como sempre estamos, simplesmente por gostar.

Minha esposa, sempre mais linda, apesar dos quarenta e três feitos ainda ontem –, ela é minha rainha e, como tal, quanto mais madura, mais cheia de glamour é requinte.

Ela é a estrela que me guia o coração, sendo meu chão, meu horizonte, meu teto e as paredes da minha aconchegante mansão.

Ela é o meu motivo de ir e vir, de ter vontade de voltar, de sorrir e de chorar, de ficar e descansar em seus braços tão macios.

Ela é eu mesmo, a quem eu amo mais que tudo, por quem me calo e fico mudo ou faço guerra sem escudo.

E, muito mais que mera flor, ela é a minha adoração, bem mais que o time do coração, a ela eu torço sem cansar.

E além do mais, além de ser a minha paz, só ela é compilação dos meus parentes, meus irmãos, da minha família tão querida que me gerou e me deu vida.

Minha esposa é meu adorno principal, é minha eterna arte-final, a obra feita das minhas mãos, que eu modelo com o coração, mantendo a forma de violão, do qual eu tiro essa melodia, mais terna e pura a cada dia, para embalar os nossos sonhos.

Ela é meu próprio coração, é minha vida e razão, a minha história com emoção.

Porque razão me envergonharia desse amor?

Wilson do Amaral