Siamês meu, Querido meu.

Vem, chega mais perto. Mas, mantenha a distância suficiente para que o meu abuso não seja o veneno para nosso relacionamento.

Me pega de jeito, mais sem jeito me faz sentir uma louca varrida de sair na rua gritando que o mundo é meu, assim eu me sentirei única ao seu lado.

Sabe, eu poderia parafrasear todos os caracteres possíveis, mais falar de amizade é falar de iluminação, de ação, de canção, de coração. Da verdade que nasce no peito esquerdo de alguém como um broto de feijão novinho que encontro um terreno bom e faz morada.

Ser amigo, não é preciso andar o tempo todo ao lado, mais compartilhar e saber escutar e compreender uma matraca doida que é uma mulher de 25 anos, no auge supremo de seu auto-conhecimento, e você meu "divo", faz como ninguém.

Podemos ser tão diferentes quanto a nossa igualdade, mais o nosso reflexo está presente no brilho dos olhos cumplices da felicidade que é ter do lado ou ausente o companherismo que nos faz assim, tão gêmeos siameses.

" Um dia eu resolvi fugir do mundo e numa carta eu deixei metade do meu coração transcrito em palavras. Enrolei essa carta e joguei ao mar, sem olha pra trás parti para aonde o vento me soprava, no destino certo ao encontro do acaso. No mesmo dia, um certo alguém de coração bom, defronte a praia, essa garrafa com a carta encontrou. E ao ler, se reconheceu em tais versos, resolvendo ir a procura insconciente da dona desse coração transcrito em versos. Ele já é um homem preenchido, mais encontrar-se com seu reflexo, virará questão de honra. E no extremo do acaso, na cruzada certa de olhares, os corações e os versos se encontraram, formando assim uma doce, sincera e mais que verdadeira amizade..."

Com você...

Eu não preciso ser ninguem, porque sou alguém.

Em você, eu consigo ser a minha continuação

De ser gente...

De ser humana...

De ser pessoa...

De ser amiga...

Com você...

Eu deixo de ser eu, para me fazer outro

Na admiração o respeito, no anseio o desejo

De continuar essa amizade que nasce

Forte e fecunda na continuidade

Do olhar desconhecido que reencontra nos olhares

Um coração em versos em um amigo tão especial.

Pode ser rápido, mais que seja. Sabe porque? Porque o que é verdadeiro de verdade mesmo, na ambiguidade e no pleonasmo da vida é conseguir novamente reencontrar no olhar teu a esperança que um dia eu perdi, na vida que eu reencontrei no novo momento que a vida me dá de presente e me diz: "- Ei, é hora de sobreviver, renasca!".

Obrigada por fazer parte da minha metamorfose e por ser um dos pilares dela.

* Dedicada a Davi, meu gêmeo siamês.

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 04/04/2009
Reeditado em 04/04/2009
Código do texto: T1523154
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