Semana Santa – História de Amar

1. Jesus é o personagem que mais tem inspirado escritores, poetas e artistas, através dos tempos. Pintores e escultores tentaram representá-lo em cenas que envolvem momentos importantes de sua vida.

2. O nascimento inspirou os mais variados presépios. Os ensinos, os milagres, a última ceia, sua paixão, morte, ressurreição e ascensão estão expostos em Igrejas, em mosteiros, em museus e em coleções particulares e compõe as cenas de acordo com a sua imaginação.

3. E os séculos passam, mas as obras de arte inspiradas em Jesus permanecem.

4. Modernamente, o teatro e o cinema acrescentaram interpretação, movimento e voz a episódios da vida de Cristo, atraindo multidões.

5. Mais do que de qualquer outro vulto da história, os temas sobre Jesus representam sucesso de público e de bilheteria. Geralmente o modelo escolhido para o personagem é alto e magro, tem pele clara, olhos azuis, barba, cabelos loiros e longos.

6. O olhar tem de ser suave. A voz firme nos diálogos e nos discursos, terna e amorosa no tratamento com crianças e doentes, enérgica nas discussões e na cura de endemoniados.

7. Atores e público tem uma idéia clara, preconcebida, da aparência de Jesus. Existe um estereótipo a que devem corresponder todos os que receberem a oportunidade de representá-lo.

8. Mas como Jesus seria realmente?

9. A descrição do Profeta Isaías, séculos antes da vinda do Salvador, é exatamente o oposto do que imaginamos ou gostaríamos que fosse: "... não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse." (Is. 53.2).

10. Estamos na semana santa, semana em que repetiremos uma vez mais a cena de sua paixão e ressurreição. Também faremos valer o culto popular de malharmos aquele que durante séculos tem sido considerado o causador de sua morte. Judas esse eterno culpado que nunca precisou ir a julgamento para ser condenado a viver na erraticidade durante séculos.

11. Também, não devemos esquecer de que alguns aproveitam esta data para caricaturar figuras políticas com chavões de indignações, pelos desmandos cometidos e por falta de ética moral em suas vidas públicas. Estes sim, são os verdadeiros traidores da confiança popular.

12. Voltemos a nossa reflexão sobre a vida do Divino Mestre. Que anos após anos, séculos após séculos, a humanidade vivifica a mesma historia de profissão de fé. História essa marcada pela dor, pelo pieguismo momentâneo de certos carolas, pelas criticas efusivas daqueles que não aceitam a soberania Divina e amorosa do homem de Nazaré.

13. A Semana Santa amigo leitor, é momento privilegiado para a meditação. Há muitas solicitações exteriores, que podem distrair-nos do essencial. Concentremos-nos e não deixemos passar mais esta oportunidade de fazermos uma reforma intima.

14. Recordando o acolhimento festivo prestado a Cristo na Sua entrada triunfal em Jerusalém, mergulhamos nos conteúdos dramáticos da Paixão. Tudo nos recorda o amor superficial, de circunstância, daquelas multidões.

15. Só uma atitude refletida se aperceberá de tantos momentos difíceis que exige um “próximo” que pare e se detenha. Teremos de avançar e caminhar nas exigências dum amor puro.

16. Há em cada um de nós um principio inteligente que se chama Alma ou Espírito, independente da matéria e que nos dá o senso moral da faculdade de pensar, desde que se admita um Deus soberanamente bom e justo.

17. Lembremos-nos. “Jesus Chorou” – nos diz João Evangelista (11,35). Acredito que não foi somente pelo fato de Lázaro ter morrido. Quizás, por saber de nossas fraquezas espirituais, pelo egoísmo e orgulho que teimamos em cultuar.

18. Que o Divino Mestre possa dar de novo a fé àqueles que a perderam, e levantar as dúvidas entre os incrédulos. Uma boa Semana Santa.