Poeta rei

O poeta transcende o próprio homem,

dá sonho, coração rouba, sobeja...

Reina ouvindo dos súditos amém

levando-os a morder como quem beija.

Seus desejos superam o esplendor,

fictícios camuflando como seja

um astro perfumado de candor

que em lágrimas de risos só flameja.

Que fome de infinito tal rei alberga,

das manhas de ouro, plácidas cerejas

de licores que acendem tantas cores!

Em mero verso o mundo ele carrega,

vibra ao sonho em suas febres benfazejas

plantando aroma em torno dos amores.

Inês Marucci

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 26/04/2009
Código do texto: T1560236