Pai
Pai… considero-te com admiração.
Admiro a tua maneira imparcial e calma de ser. Me espanto com a tua relação sossegada com o silêncio e como nele consegues guardar o cuidado. Queria ser um pouquinho mais deste modo.
Me assombro com a agilidade e a arte de tornar possíveis tantas coisas.
Perdão… eu tenho conhecimento de que te desafio. Tenho informação de que nunca te falo o que não esperavas, que não te permito pensar que tens sempre razão… que te “furo” quando permaneço calada… mas somos assim. Quando não é deste modo algum de nós está triste.
Gosto de chegar à Sexta-feira e sentir a necessidade de ir comer pizza contigo.
E de pronto… isto não te falo, porque não somos assim e ias empregar meios para sorrir mas os olhos iam ficar vermelhos quase, quase a não ampararem as lágrimas e tenho conhecimento de que não aprecias…, mas tenho saudades de ser pequenina, deitar-me no sofá e pousar a cabeça na tua barriga e dormir desprovida de medo, privada de problemas.
Pai é exatamente um vocábulo de filho(a)… de quem se desenvolve unido.
Pai, obrigada!
PS: Pai de todos os pais, cuida de cada um com todo o amor e consideração que um filho tem direito.