Adeus, Boaventura !

Ainda lembro o sorriso
Do Bispo Boaventura
Que cativou a cidade
por muito e muito tempo
Deus, enviou ao planeta
Um homem carismático
Que conduziu um imenso
Rebanho em rumo da paz
Não fez distinção
Pregou o ecumenismo
Deixou a lição da humildade
E nesta hora, na qual
Ele vai para junto a Deus
Deixa um vazio imenso
No coração dos fiéis seus
Adeus, Boaventura !

Denise Severgnini


Sou luterana, mas Dom Boaventura, foi um grande homem de Deus aqui na Terra.


Faleceu às 14h45 da tarde de hoje, 8, o bispo emérito de Novo Hamburgo (RS), dom Boaventura Kloppenburg, 89 anos. Desde o dia 26 de abril ele se encontrava internado no Hospital Regina, das Irmãs de Santa Catarina, em Novo Hamburgo. Segundo o vigário-paroquial, padre Rodrigo Brigolini, dom Boaventura sofria de problemas pulmonares. O bispo diocesano, dom Zeno Hastenteufel, disse que dom Boaventura “foi chamado para a casa do Pai depois de muitos dias de agonia”.

O velório começa ainda hoje, a partir das 20h, na catedral diocesana São Luiz, em Novo Hamburgo. Uma primeira missa será celebrada às 10h da manhã deste sábado. No domingo, às 16h, acontece a missa de corpo presente. Participarão, bispos, autoridades, o clero diocesano, seminaristas, religiosos, diáconos, ministros e o povo em geral. Logo após, acontece o sepultamento na própria catedral.

Dom Boaventura era franciscano da Ordem dos Frades Menores (OFM). Natural de Molbergen, Oldemnbur, Alemanha, ele foi nomeado bispo em 2 de junho de 1982. Sua ordenação episcopal aconteceu em Rolante (RS). E renúncia em 22 de novembro de 1995.

Antes do episcopado, dom Boaventura exerceu várias funções relevantes. Ele foi professor de Teologia Dogmática em Petrópolis (RJ) [1951 – 1971], em Porto Alegre [1972], Roma [1973] e Medelín [1974 – 1982]; redator da Revista Eclesiástica Brasileira [1951 – 1972]; reitor do Instituto Teológico-Pastoral do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), em Medelín, Colômbia [1973 – 1982]; prefeito de estudos em Petrópolis (RJ) [1952 – 1960]; perito da Comissão Teológica do Concílio Vaticano II; membro da Pontifícia Comissão Teológica Internacional [1975 – 1990]; perito nas Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano no Rio de Janeiro [1955], em Medelín [1968] e Puebla [1979].

O bispo emérito de Novo Hamburgo foi ainda bispo auxiliar de Salvador (BA) entre os anos de 1952 e 1960 e consultor de várias congregações da Cúria Romana. Escreveu mais de trinta livros. Seu lema era: “Sob as sombras fielmente”.

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