A Man of No Fortune, And with a Name to Come
Onde irá pousar o homem?
E antes dele, o corpo do homem
e a cabeça do homem
e os tatos do homem
e os sentidos
e os orgãos
e as mazelas
e as belezas
e as esperanças
e a força
e a dignidade
no que caberá a prece mais torta?
Que proferirá, se na pele o ladrilho se mistura com a sola dos tempos e dos sentidos do fora?
Que mancha irá cobrir a cabeça do homem e suprimir o brado do homem e extinguir o traço bom do homem e extinguir o iluminar que lhe distancia do seu agouro acometido pelo olho do homem e do Céu?
Onde vale a preciosidade do "eu"?
Onde o oceano repousa em embriaguez?
E de onde vem o maestro?
O ácido rasgará a garganta, secara nos poros e olhos em busca do sereno?
Quando ainda no fosso e no relutar da esperança expelindo o doce
Onde irá falar?
Onde eclodirá a ânsia passiva, a ânsia feroz e o tempo dos tempos?
Erga o santuário, arquiteto
Onde repousam todos os sentidos
Nos sentidos que não falham
Eis a pedra arquiteto
Eis a pedra
Os vermes vêm depois, mas aqui estão as pedras
Aqui estão as pedras
O vento, o solfejo e a língua
E aqui
Aqui Aqui
Circulo, são, paixão
Onde rompe o som?
Aqui se come som
Eis a pedra arquiteto
Eis a pedra
Onde irão repousar os sentidos
erga o santuário, arquiteto
Onde repousam todos os sentidos
Nos sentidos que não falham
Onde mais irá falar maestro e para onde há de apontar o dedo de Deus?
Pelo rumo,
o vivo o contido o arredio o iluminado o abençoado a música a letra e tudo o mais nos pontos mais ermos da alma...
Ao artista com respeito
* Dedicado a obra de Wim Mertens, que vem me inspirando desde a primeira nota que bateu em meus ouvidos.
*OBS: Não considerem como erro a estrutura embaralhada das palavras, elas foram criadas a partir de sons.