Ao eterno "Poetinha"

Diga que não é tarde...

Foi para mim esse texto

Tuas letras me descrevem com amor

Diga meu amado querido

Que não é minha somente a dor

Esperei quase a vida inteira

Para ser tua e mansamente amar

Agora devoro teus versos sonhando

Quero em teus braços me entregar

Tua barba roçando minha nuca

Teus doces músculos a me apertar

Nunca mais sentirei saudades

Se em teu mar eu mergulhar

Meus desejos já se espelham

Em teus olhos de poeta vagabundo

Porque não me levas contigo

Pra esse outro lado do mundo

Você se foi e eu fiquei

Não vejo a hora de te ver contente

O nosso encontro há de chegar

Da tua poesia eu não serei “ausente”

PS: Ao eterno "poetinha" Vinícius de Moraes. Texto inspirdo em sua poesia "a ausente"

A ausente

Amiga, infinitamente amiga

Em algum lugar teu coração bate por mim

Em algum lugar teus olhos se fecham à idéia dos meus.

Em algum lugar tuas mãos se crispam, teus seios

Se enchem de leite, tu desfaleces e caminhas

Como que cega ao meu encontro...

Amiga, última doçura

A tranqüilidade suavizou a minha pele

E os meus cabelos. Só meu ventre

Te espera, cheio de raízes e de sombras.

Vem, amiga

Minha nudez é absoluta

Meus olhos são espelhos para o teu desejo

E meu peito é tábua de suplícios

Vem. Meus músculos estão doces para os teus dentes

E áspera é minha barba. Vem mergulhar em mim

Como no mar, vem nadar em mim como no mar

Vem te afogar em mim, amiga minha

Em mim como no mar...

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 29/05/2009
Código do texto: T1621608