CANTO À MINHA CIDADE (Homenagem a Pernambuco)

De vez em quando me bate uma tristeza

Uma melancolia. Uma saudade doída,

É quando me lembro da minha terra querida

Cidade das pontes e rios, rica de alegria e beleza

Vendo as fotos do meu Recife querido,

Me vem uma lembrança manhosa, silente

A vontade de regressar que, dormente

Me arrebata e me queda entristecido

Lembro de Olinda, de sol e mar cativante

Onde o carnaval é vibrante, colorido

Lembro de Candeias, onde fiz a minha casa

De Jaboatão, onde me espera uma rede gostosa

Essa saudade me vem angustiante, lamuriosa

Por vezes me anima, noutras me arrasa

Uma vontade que vem forte e maltrata,

Castigando com furor e impiedosa a emoção

Maltrata, este lembrar quente e saudoso...

Acelera e castiga o meu pobre coração

Lembro-me das vezes tantas em que , sem saber,

Desejava partir para terras distantes

Desconhecidas terras onde busquei aventura

Procurando o que não via e que já tinha antes

A saudade dos amigos, da família, me tortura

Longe, sinto a falta do tempero a sal e pimenta

Do sabor dos teus beijos que não me sai da lembrança,

Ó, meu nordeste quente que me aquece a saudade!

Ainda pro teus braços voltarei. Tenho esperança!

Não perdi o teu rumo... Sei que me aguardas

Minha terra querida deslumbrante e altaneira

Quero beijar-te mais uma vez a face brejeira

Antes que o tempo me encha o peito de mágoas...

E se esvaia de mim o recordar plangente

De adorar-te com alma, e abraçar-te inteira

Daniel Amaral

12 de Junho de 2009

Daniel Amaral
Enviado por Daniel Amaral em 12/07/2009
Reeditado em 12/07/2009
Código do texto: T1695583
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