Soneto Para o Poeta das Estâncias
Para Rodrigo Bauer
Senhor das sesmarias onde mora,
o poeta, em constante vigilância,
transpõe as gerações, desfaz distâncias...
mantendo acesa a chama da história.
Nascido sob ao signo da espora
possui os versos, plenos de lembrança,
erguidos sobre as pedras das estâncias
templárias das relíquias da memória.
Acolhe, no silêncio das taperas,
os gritos insepultos das quimeras
e o canto das tramelas musicais.
Traduz um pampa antigo e já disperso,
memória resgatada em salmo e verso
que canta com a voz dos ancestrais.