O GRAVADOR ROSSINI PEREZ

GRAVURA de ROSSINI PEREZ

 
            A trajetória de ROSSINI PEREZ para mim começou desde que o conheci no MAM Museu de Arte Moderna em 1985. Seu traço principal é o encanto pessoal. Sua competência como Professor de Arte e de Gravura abrindo caminhos de conhecimento e belezas de expressão que a gravura proporciona é o marco profissional, incomparável a qualquer outro artista plástico gravador. Tive a sorte de ser sua aluna e de aprender com ele as sutilezas e delicadezas da gravura em metal. Aprendi também a desenvolver o amor pela GRAVURA EM METAL. As belezas da Água Tinta, a EXPRESSÃO diferente da ÁGUA FORTE, as possibilidades da GRAVURA COM AÇUCAR e a maravilha da expressão do BURIL.
                Tive o sonho de fazer uma Galeria de Arte com o nome dele. Mas a vida vai nos levando a caminho diversos. Fiz muito a gravura; participei de exposições. Tenho guardadas cópias de muitas gravuras que fiz, e tudo que fiz teve origem nos ensinamentos de Rossini.
                Tenho uma bela gravura dele, que não se encontra ao meu alcance neste momento, (se estivesse eu tiraria fotos e enviaria uma cópia para este evento da UFRN).
                Falar no Rossini Perez está me dando saudade dele, da sua simpatia, do papo inteligente e divertido, do seu riso da sua orientação aos diversos tons do preto ao branco em dégradés de paciência e prazer em ir fazendo tempos de água tinta e criando efeitos de luz ou de intenção de expressão.
                Antes de ele trabalhar no MAM, ele tinha estado na África dando aulas aos africanos e nos contou de sua experiência lá. Da pureza deles, dos traços inocentes da gravura negra. Ele voltou encantado e conquistado pelos seus alunos africanos. E nos trouxe lições da pureza do desenho afro.
                Ele fez uma Exposição Retrospectiva na FUNARTE, na Rua México, RIO, que me encantou. Fiquei então sabendo a origem da sua gravura. Nesta ocasião, para homenageá-lo dei-lhe o meu melhor livro “MUNCH”, livro tão precioso que não daria pra ninguém.
 
Ele nascera no Rio Grande do Norte, e sofria de uma doença que, aos quinze anos, foi-lhe dada como fim de vida. Veio então para o Rio, parece que para tratamento. Aqui, o tempo passava e ele foi vendo que aquela “doença” não ia matá-lo coisa nenhuma. Quando ele se deu conta que só podia esperar a morte, tão jovem, ele resolveu NÃO MORRER e SIM VIVER. Quando ele tomou essa nova postura ele começou a desenhar e fazer gravura. E daí em diante ele foi galgando espaços, forças e virou o Professor que ele é e o Gravador que temos a sorte de ter como expoente das Artes Plásticas Brasileiras.

A Apresentadora MARIA GLAUDETE DANTAS DE LIMA me solicitou umas palavras sobre o Rossini, e para mim é uma honra e falar alguma coisa do Precioso Mestre, o muito querido Rossini Perez.  Abraços e HOMENAGENS JUSTAS de Maria Luiza Martins.


Aproveito para dar um recado:
Rossini: virei ESCRITORA. Estou escrevendo um livro e escrevo em um site, que peço que me visite:
WWW.mluizamartins.com