AMIGO NELSON

NELSON, tão jovem, 48 anos. Feliz, satisfeito com a vida, bom pai, bom esposo, ótimo filho, ótimo irmão, excelente amigo.

Inteligência, quando Deus distribuiu foi o primeiro da fila.

Prosperidade, também era o primeiro.

Amigo, das horas mais difíceis. Estava passando por dificuldades, podia pedir socorro. Ele socorria. E dizia: "Calma, tudo vai se resolver, tudo vai melhorar."

Ah! Nelson... Partistes tão cedo. Já tinha terminado sua missão? Claro que tinha. Tudo que Deus determinou para ele fazer, fez.

Domingo, 6 de agosto de 2006. Feliz, alegre, satisfeito com os parentes na fazenda, onde nos fundos corre a represa do rio Corumbá. Quase na hora de ir embora para a cidade, para segunda-feira retomar o trabalho, a vida estressante da capital, Nelson chama dois sobrinhos, um adulto e outro adolescente para dar um passeio de barco.

Não sabia ele que seria seus últimos minutos de vida...

Em um certo momento do passeio, já no meio da represa, por fatalidade, o barco vira, jogando os três na água. Desespero... Todos vêem a morte nos olhos.

Os dois sobrinhos escapam. Mas Nelson, não. Deus chamou: "Filho, está na sua hora, filho, vem..." Ele foi. Foi deixando um rastro de dor, tristeza e agonia.

Deus, na sua infinita graça e bondade, há de tirar essa dor e tristeza dos nossos corações, principalmente da mãe, esposa, filhos, irmãs, irmãos, sobrinhos, sobrinhas, cunhados, cunhadas, amigos, amigas enfim, todos que tiveram o privilégio de conviver com NELSON.

Fique em paz, Nelson, porque, agora, nós ainda não temos condições de pensar assim, porque não houve tempo ainda, mas tenha certeza que vamos ser muito felizes em pensar que te conhecemos, que convivemos com você e eu principalmente, numa hora de angústia, você me disse, aliás as últimas palavras que ouvi de você: "Calma, tudo vai passar, tudo vai se resolver, vamos ter fé."

É... vamos ter fé Nelson, que essa tristeza vai passar.

Atá um dia, NELSON...

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 08/08/2006
Código do texto: T211987