Amigas do coração

Eu ando cansada de valorizar pessoas que não merecem todo o meu carinho; então resolvi falar daquelas pessoas que realmente se importam comigo, pessoas que os anos me mostraram através de imprevistos, pequenos gestos e grandes atitudes o quanto são verdadeiras, o quanto posso amá-las incondicionalmente em nossa imensa amizade.

Quero que tantos outros amigos me perdoem, mas serei específica dizendo que me refiro a duas pessoas em especial; duas pessoas que me acompanharam em todos os meus momentos, que tenho um convívio diário e acreditem nunca, nós nunca brigamos por nada mesmo. Sinceramente não sei como elas me aturam há tanto tempo, minhas manhas, meus choros, minhas futilidades, meus segredos, minhas verdades, minha ira.

Amanda, ahh, tão pequena, mas se faz grande com toda sua personalidade e caráter; basta um olhar e ela adivinha o que eu estou pensando, e olha que me entender e compreender não é tarefa fácil assim, mas ela entende. E pensar que eu já tive problemas em dar-lhe um simples abraço, mas os anos passam e depois de mais de uma década tudo se supera isso nunca representou falta de carinho.

Tássia, parceira perfeita pra eu poder despertar toda inteligência oculta nessa minha cabeça destrambelhada; com todas as nossas teses, teorias, sínteses, com toda nossa poesia; ela me faz aflorar pra nossa vã filosofia ou mesmo como ela diz, “nossas piras”. Caramba!!! Se existe alguém inteligente e que como dizem por aí, “que eu tiro o meu chapéu” é essa garota. Elas são ligadas por um elo fraterno e eu me apossei dessa condição para encontrar nelas as irmãs que não tive.

Foram tantos anos construindo uma amizade sólida, de estrutura concreta e forte, sem que nos deixássemos levar por picuinhas, mesquinharias e invejas que fazem de um sentimento bonito uma amizade abalável.

Foi no tempo de colégio, em que percebemos nossas fragilidades de criança, e sempre estávamos metidas em nossas pequenas confusões, não éramos muito notadas, mas quem sabe isso tenha sido ainda melhor, nos fez pessoas melhores talvez. Passamos sorrateiramente, mas nunca despercebidas; nossa, o que era eu de Emma e a Mandy de Gery?!? É, tem coisas que a gente nunca esquece.

Também passamos por tempos ruins, tempos que se realmente não houvesse amizade verdadeira ela já não existiria mais. Eu tive que mudar pra SC, e lá, longe das minhas melhores amigas, trocávamos cartas, que hoje, todas ainda guardadas, perdurou nosso afeto.

Ehhhh, eu voltei!!! Estou de volta e encontrei nas minhas amigas as mesmas de antes, agora com personalidades definidas; já não éramos mais crianças e cada uma com um gênio e gosto tão diferentes, e mesmo assim fomos vencidas pelo carinho e pelas afinidades, assim nunca havendo brigas.

Ano de vestiba, a idéia assustou no inicio, mas estudamos juntas e sabíamos que o nosso conhecimento era amplo, era suficiente, afinal somos garotas inteligentes!!!rsrs Passamos na facul, vida nova, pessoas novas, azaração!!!haha Quem vê pensa, nem tudo foi como pensávamos; a faculdade enjoa, não encontramos nossos príncipes, mas estávamos nós lá, juntas e no mesmo curso!!!hehe

Tá tudo muito bem, tudo muito lindo, sempre juntas; mas falta alguma coisa. Ou melhor, está em excesso!!!rsrs Com o acúmulo de lipídios...haha é isso mesmo, entramos na academia, vamos malhar, ficarmos saradonas pra temporada, eeee...vamos deixar a galera de cara!!!hehe Ah!!! Como nós piramos!!! Não estamos hoje, nenhuma Jennifer Lopez ou Juliana Paes da vida!!!rsrs Mas na certeza de que somos bonitas e temos nossas qualidades, lá encontramos nossos “fraquezas” como diz a Amanda. E sem briga, tem um pra cada uma!!!rsrs

Quero falar da nossa volta da academia, das gargalhadas que damos com nossas besteiras, das palhaçadas e das loucuras que fazemos. Meu Deus, no meio da rua.

Não sei se é loucura, mas se ser feliz com pequenas coisas é ser louco, então somos completamente insanas; somos felizes e mais, numa amizade sincera em que não representamos papéis e nos aceitamos apenas pelo que somos; pelas afinidades que são tantas apesar de sermos completamente diferentes.

Lady Sparrow e Lyv Byron, eu não preciso ser nenhuma Anny Morgan e escrever um poema que tem como título “quando as palavras não saem”; pra dizer que mesmo que eu escrevesse muito eu não conseguiria descrever tudo o que vocês representam em minha vida, pelo fato de me faltarem palavras pra poder dizer o quanto as amo. Talvez muitos, não entenderão a mensagem que tentei passar com essa pequena homenagem, mas tenho certeza que vocês saberão, porque isso é só uma parte de tanta coisa que já passamos juntas, palavras perdidas e brincadeiras criadas. A partir dessa linha, deixo nas mãos de Deus a escrita da nossa história; peço apenas que ele nos permita estarmos sempre unidas e felizes. Beijos.

Danna R
Enviado por Danna R em 09/08/2006
Código do texto: T212586