DIA DOS PAIS

DIA DOS PAIS

Será que o brasileiro diante de tantos percalços, sofrimentos, fome e salário de miséria, ainda tem alguma coisa a comemorar? As esperanças se esvaem e nos tornamos pusilânimes ao invés de feéricos. É verdade? Claro! A situação do dia-a-dia do brasiliano virou inferno. “Depositaste no alvo de tuas emoções mais sublimes o teu coração cheio de amor e, entendendo-te correspondido, entreteceste os dias venturosos a gozar”. Pobre não goza, só leva pancada e ainda mais não pode reverberar e nem chorar, pois os marxistas afirmam que homem não chora. Como sempre os dias comemorativos são criados por países capitalistas, pois a necessidade de consumo é grande, e os filhos querem de qualquer maneira homenagear o ser que lhe deu via, amor e carinho, o pai.

A americana Sonora Louise Smart Dodd teve a idéia de criar um dia dedicado aos Pais ao ouvir um sermão no dia das mães, em 1909. A moça queria homenagear seu pai, William Jackson Smart, que criou sozinho seus seis filhos, logo após a morte de sua esposa em 1898. Em 1910, Sonora encaminhou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, sua cidade. O primeiro Dia dos Pais foi comemorado em Spokane em 19 de junho daquele ano. Esse dia foi escolhido por ser o dia do aniversário do pai de Sonora. Pouco tempo depois, a comemoração já havia se espalhado por outras cidades americanas. Em 1972, Richard Nixon proclamou oficialmente o terceiro domingo de junho como Dia dos Pais.

No Brasil o Dia dos Pais foi comemorado pela primeira vez em 14 de agosto de 1953, dia de São Joaquim a partir daí passou a ser comemorada no segundo domingo de agosto. A comemoração foi importada dos EUA pelo publicitário Sylvio Bhering e teve sua data alterada de junho para agosto por motivos comerciais. Para alguns é um dia festivo, dia de ganhar e presentear, reunir as famílias e degustar aquele almoço saboroso feito com capricho e dedicação. Para outros é dia de meditação, dia de reverenciar aqueles pais que cumpriram sua missão na Terra e hoje estão no plano espiritual e para nós que integramos esse ciclo, só nos resta a saudade e a lembranças dos grandes momentos em que passamos juntos quando eles habitavam esse orbe. É hora de lamento? Jamais. É, dia de orações, pensamentos positivos e distribuição de um pouco que temos com aqueles pais que se encontram totalmente a margem da sociedade. Os pais doentes, paralíticos, esquizofrênicos, os que abandonados pela família nos asilos de mendicidade e aqueles sem teto, que dormem ao relento sofrendo com o frio da noite e a fome que corroe suas entranhas. “Amizade do pai para com o filho é uma semente cultivada que aflora para nos amparar quando mais necessitamos, pois a vida tem propósitos ocultos ao olhar superficial e que transcendem à atual existência”.

Pai querido à saudade é grande, foste bravo e trabalhador, educou todos os filhos com dignidade e sabedoria, apesar do pouco estudo que tinhas, mas a sua experiência suplantou tudo. Papai, onde estiveres recebe nosso abraço, nosso beijo de gratidão e que Deus o conserve sempre assim, para que prove da confiança em que nele depositamos, a perseverança e amor que são elos que reúnem almas no correr dos tempos, trazendo ao presente uma conclusão que emociona a todos. Aproveitamos essa matéria para desejar a todos pais desse Brasil muitas felicidades e não existiria presente melhor do que um emprego, para os que estão na ociosidade. Para os que já cumpriram suas missões terrenas que Deus lhes dê a consolação e o destino por eles almejados. Feliz dia dos pais do ceará, do Brasil e do mundo.Que as guerras não exterminem tantos pais de família, e o mundo não passe a ser um orbe terrestre povoado em sua maioria por órfãos. Não desejamos, nem queremos que isso venha a acontecer. Deus seja louvado e seja feita a sua vontade.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA (FGF).

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 11/08/2006
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