Era uma vez uma gatinha chamada Naara...

Hoje o dia amanheceu triste... Você se foi de uma maneira trágica nossa como sinto sua falta e eu que vivia reclamando que havia perdido minha privacidade desde que você chegou à minha vida, nunca mais soube o que era ir ao banheiro sozinha ou sentar na frente de casa sem ter seus olhos azuis a me vigiar...

Difícil escrever nesse momento quando o aperto no peito é grande e a visão fica turva com lágrimas que teimam em cair... Mas quando a gente perde alguém verdadeiro é algo imensurável.

Eu sempre falava que tinha uma gata com comportamento exótico irreverente e talvez quem sabe bipolar rsrs..Uma gata que achava que era o cão alfa da “matilha”,que não pensava nas conseqüências de cravar as unhas no dorso de um buldogue americano de 50 Kg e sair ilesa e se achando,ou então entrava em bolsas e caixas e quantas vezes voltamos para deixá-la em casa quando descobríamos os seus esconderijos...

Naara você tatuou sua patinha no meu coração... Tantas vezes eu estava angustiada preocupada sem conseguir dormir levantava na noite você estava ali sempre junto como um cão fiel e quantos desabafos fiz alisando seus pelos e você fazendo cara de analista,alias falando em cara a sua era uma figura uma mistura de cientista maluco e gato rsrs..

Espero minha maluquete que você esteja num lugar feliz cheio de muitas bolsas e caixas onde você possa se esconder e rasgá-las o dia todo.

Quem sabe um dia a gente torne a se encontrar... Quem sabe... e mate essa saudade num abraço bem apertado numa lambida na face ou num simples ronronar de felicidade.

Você partiu e me partiu a casa não é mais a mesma sem você... a matilha da Naara está órfã...

Fica em paz! seja livre! dê seus passeios corra atrás de passarinhos role na relva e se sobrar um tempinho... Pensa em mim.

Naara minha gata siamesa que achava que era um cachorro...que achava que era dona do mundo...que fez de mim uma pessoa melhor.

*fevereiro de 2009 + 17 de março de 20010