A  DEUSA  DOS  OLHOS  DO  MAR
                        Ode à Dedete

Quando vi teus olhos pela primeira vez, tive a nítida sensação que eram tímidos qual furação e furiosos como a brisa. 
Eles refletiam esse dourado de uma tarde em Ibiza e aludiam aos encantos de Veneza;
Honestamente impressionou-me tua beleza, fiquei estupefato qual praiano debutante que nas orlas se realiza;
Como o amante das estrelas que a mais brilhante visa, como um faminto perante a farta mesa!


É bem verdade que tu nem sabias e eu atribulado estremecia de anelos;
Com passos imaginários paralelos, amei detalhes amplos de teu todo;
Afoito que se afoga qual um tolo nos melaninos mares teus de caramelos;
Estacionado ante teus olhos belos, vivificado por seu fogo!


Olhe bem para esse que não para de olhar pro teu olhar;
Que banha diariamente nesse mar e faz questão de desprezar a terra firme;
Seu verde é um esperançar que me revive, é relva a me abraçar;
Diante dele nunca pude estar, mas mesmo assim no meu ele convive!

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O Mar é lindamente misterioso, é convidativo e hóspede de contraditórios prazeres. Ele é anfitrião de renovados deleites e emoções, palco preferível de afáveis amores e inspiração incomparável de versos e canções. Tudo isso e muito mais, porém não tanto quanto os olhos de Dedete!
Beijos minha Deusa dos Olhos de Mar!

   Presente que recebi de meu amigo Reinaldo Ribeiro,
um dos melhores poetas da atualidade...Obrigada, querido, não mereço tanta beleza em versos...Que Deus proteja você e sua família !
Beijos,,,