Pai no espelho...No reflexo,filho

Vemos um homem cabisbaixo,e um menininho caminhando em direção a ele,quietinho.Entrelançando suas mãos as dele,rígidas e fortes,dá um sorriso e diz:

-Tenho um segredo,papai.Eu queria ser...bem...bem pequeno,para caber em teu coração,como as minhas mãos cabem nas suas.Só pra te fazer cosquinhas por dentro...que gosto tanto de te ver sorrir!

O homem apertou aquelas mãozinhas miúdas e não conteve algumas lágrimas,para desespero do pequeno menino,é claro.

-Tá bom,papai...Tá bom!Não quero mais ser tão pequeno!...Agora eu quero é ser bem grande...grande mesmo,o maior que eu puder,para te abraçar e te colocar no meu colinho como se você é que fosse o meu filhinho!

O homem apertou-o num abraço emocionado,pois, o coração paterno compreendeu naquele momento que,o tamanho perfeito que seu filho gostaria de possuir,tinha as exatas proporções da grandeza de sentimentos que ele mesmo sempre tinha oferecido como pai.

No reconhecimento da beleza do que a paternidade consiste...o homem até se esqueceu do porque estava triste.

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O primeiro corpo conceitual que a nossa mente utiliza como representação da "imagem" significante da FORÇA,tem certamente um rosto de pai.

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Singela homenagem à todos os pais presentes ou imortais,enquanto igualmente inesquecíveis.

Heli Paula
Enviado por Heli Paula em 12/08/2006
Reeditado em 12/08/2006
Código do texto: T214907