Reverência ao Bafômetro.

Vivemos como se, como se trânsito e engarrafamento não fossem a "consequência inevitável de você" que faz acordos com os capitães da indústria e os isenta do suado IPI em nome do emprego e do mercado.

Que cria dinheiro, não como moeda viva, que isso até liberta, mas como financiamentos - prazos longos compatíveis com a pobreza do povo que, excluídas as transferências, cada vez tem menos renda real e anda mais endividado.

E você se desobriga de realizar investimentos públicos em estradas, ruas e avenidas, em viadutos, estacionamentos e metrôs, o que também seria outra forma de gerar empregos. E a cidade ganha o inchaço, como cara de bebida.

E ainda se diz que isso é o próprio progresso, é o sucesso de sua gestão na economia que se esqueceu da ecologia.

E todos nós pagamos esse tributo que por não pagarmos em dinheiro, não pensamos ser tributo.

E pagamos a isenção daquele imposto como escravos, com duas horas de trabalho e de lazer que nos são diariamente usurpadas quando ficamos presos nos engarrafamentos e no trânsito que não flui - perda da qualidade de vida, contrapartida ao seu "mágico progresso".

E seguimos de apagão em apagão, como se isso fosse intrínseco determinismo motivado por causa-da-Natureza, como se isso fosse inerente ao próprio Progresso e portanto não administrável, a escudar inimputáveis.