A india de Abaeté.

Esta poesia não foi escrita por mim, mas foi uma homenagem que recebi de um grande poeta que admiro muito.


Num sonho conheci as terras do Pará,
Atraído pelo verde estonteante da floresta
Que maravilha! A natureza tem lápis de cor,
E uma linda Índia me presenteou.

Perguntei para aquela inocente nudez,
Se ela não queria conhecer Salvador.
Antes ingeri a delícia do cupuaçu,
Agora só faltava provar do seu amor.

E fomos naquela viagem encantada
Fiquei colado naquele monumento carnal,
Deslumbrei-me com seu corpo de sereia.
Um olhar de pureza, acusava sua beleza.

Chegamos nas areias brancas da Lagoa Escura
Apresentei a mesma, ao delirante cenário
Ela me perguntou: Aqui tem Igarapé?
Respondi: Não! Mas aqui também é Abaeté

Beijei-a freneticamente, anunciando o ritual
Planei nos seus lisos cabelos negros,
Antes de chegar na exuberante mata virgem
Nos banhamos nas abençoadas águas turvas
Sem a lua, que não apareceu com ciúme...É natural...

E terminou meu sonho com o cheiro do Pará
Mas antes me alimentei na fonte de Fafá
Oh! Minha Linda Índia Poty
Que pena! Foi apenas por um momento...
Juro que nunca mais esquecerei de ti

Zedio Alvarez (poeta pernambucano)
Francineti Carvalho
Enviado por Francineti Carvalho em 18/08/2006
Reeditado em 06/04/2008
Código do texto: T219217
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.