Nascer (Lucinéa da Câmara)

Uma criança nasce, o pai disfarça e sai de fininho; a mãe com todo o seu amor assume, amor em dobro, amor de mãe e de pai. Uma criança é um mundo, mundo que não se desfaz.

Amá-lo sempre amarei, de abandona-lo serei incapaz. Digo porém a esta criança que com todo o sentimento a trago na lembrança: Não fique triste, pai co-mo o seu ainda existe, pai vagabundo que apenas por prazer, somente para sofrer trouxe você ao mundo.

Pai sem amor, pai sem temor, pai sem piedade: será que é mesmo pai? O nascimento de uma criança é algo divino, inexplicável. Muitos não se dão conta disso, colocando pessoas inocentes no mundo: crianças vivendo a sua própria sorte, crianças que não conhecem o amor, o respeito, a ternura, a dignidade.

Não podemos continuar omissos a estes fatos!

Cabo Frio na Literatura Brasileira
Enviado por Cabo Frio na Literatura Brasileira em 03/09/2006
Código do texto: T231640