GALARDÃO DAS MARGENS DO ITAPECURU


SALVE! SALVE!
GALARDÃO DAS MARGENS DO ITAPECURU
NASCENTE ACADEMIA CAXIENSES DE LETRAS



Renasce em quinze de agosto,
A ilustrada Casa de Coelho Neto,
Despontando no singelo rosto,
Academia Caxiense de Letras.

Com todas as luzes inexcedíveis,
Triunfo dos homens das letras,
Estrelas das artes na cultura,
Vencedores dos percalços da vida.

Figuras literárias de maior evidência,
Das pétalas que guarnecem Caxias,
Guarnecendo o passado e o presente,
Na terra do poeta maior Gonçalves Dias.

Frutos perpetuados em cada acadêmico,
Homens contemporâneos da cidade,
Encabeçados na espada de seus patronos,
Momento augusto de suas imortalidades.

Acadêmicos! Letrados Caxienses!
- Filhos do Poeta Coelho Neto,
Poeta mais lido em todo o Brasil,
Príncipe dos Prosadores Brasileiros,
Hercules caxiense e da nação.

Assim dizia:

“Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!” (Ser Mãe)


Louvada seja a Academia Caxiense de Letras!
Uma das mais ricas Academias do Maranhão,
Destacando-se honoráveis filhos da terra,
Grandes caxienses da Princesa do Sertão.

Caxias, riqueza em letras literárias,
Esculpida n`alma de verdadeiros ateneu,
A cada avenida e rua nasce um poeta,
Fazendo lindos versos e escritos,
Porém, sem canais de divulgação.

As escolas são berços da educação,
Fazem ironia e ingratidão,
Sem dá espaço ao novo escritor,
Na arte literária nas escolas,
E o governo dá pouca à atenção.

Homens imortais desta Casa de Coelho Neto,
Não vos deixeis os novos poetas sem naus,
Vossa terra não será apenas um museu imaginário.

São centenas e centenas de poetas caxienses,
Que aspiram trilhar na riqueza literária,
São escritores de incontestáveis valores,
Que o tempo vai encurtando e embargando.

Sem divulgar seus nomes,
Reduzem drasticamente a arte de escrever,
Fazendo milhões de poetas fantasmas.

Ó galantes e sempiternos de Caxias!

És tu! Ó Academia Caxiense de Letras!
Responsável em acolher os poetas caxienses,
Na expansão livre e sem retalhaduras,
Dos imensos valores preciosos e inertes.

São os nossos poetas maranhenses,
Desconhecidos nos Estados Brasileiros,
Enterrados numa cova sem nomes,
Enfileirados num sonho impossível,
Que se desfaz na arte de escrever.

Sem destaques na Cultura Gonçalvina,
No Maranhão e por todo o Brasil,
São estes intelectuais abstrusos,
Que farão o cenário futurista,
Da amada terra dos cocais.

Ó gigantes das armaduras caxienses!
Das espadas que cultivam a erudição,
Vossos olhos são vossos espelhos,
Que perfazem os brilhos dos imortais,
Lemos pouco e nada discutimos,
Vai-se o tempo e somos esquecidos.

Os que publicam suas obras,
Pertencem a um número reduzido,
São pouquíssimos e raros os escritores,
Estudados metodicamente fora do Estado.

De quem é a culpa de tudo isso?
É de todos os maranhenses.

Não é necessário conhecer a Literatura Nacional,
Proclamando em voz alta os vultosos autores,
É preciso produzir e difundir os poetas,
Que vivem em nossas casas no anonimato.

Não vos esqueceis dos talentos da terra,
Caxias será sempre o torrão de poetas,
Onde nascem na abundância sem estrelato,
Assim como as palmeiras de babaçu,
Que surgem, reproduz e sem valor.

Que por falta de incentivos e interação,
Jamais cruzarão as fronteiras d`outros Estados.

Como poeta caxiense, eu vos peço!
Não vos deixeis no abstrato,
Os novos poetas de Caxias,
Filhos da terra de Gonçalves Dias,
Mestres das águas do Rio Itapecuru,
Epíteto ainda das Atenas Brasileira.

Caxias, rainha da diversidade cultural,
Laudável pela nobreza desta Academia,
Símbolo de toda a cultura maranhense,
Parabéns! Parabéns! Hoje é o teu dia.



Caxias (MA), 15 de Agosto de 2006






ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 15/09/2006
Reeditado em 27/09/2011
Código do texto: T240753
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