Hilda Furação.
(Hilda Furacão - 19° edição)
A noite cai sobre a Belo Horizonte nos sessenta.
A fila da Rua Guaicuru cresce, coronéis e todos os tipos de homem cantam ao mitológico quarto 304. Já nos corredores pode-se sentir...
É Muguet Du Bonheur! Perfume de dar dor na cabeça de Frei Malthus.
Valeu à pena Drummond, os “sete erros”? Poderia propor mais!
Mas, nunca descobririam o mistério da garota do maiô dourado?!
Aquela que freqüentava as missas dançantes para dizer aos rapazes feios, “- Eu amo os deserdados do mundo.”
- Deus, sim Diabo não! Berravam à cidade das Camélias. Que diabo é essa tia Çãozinha, que defende o mundo com uma garra! E, agarra no Maravilhoso Hotel uma farsa, um jogo... E serve de brinquedinho lúdico para os homens.
Cadê! O sapato da Cinderela? Não podemos ouvir os gritos. Porque tem que ser assim, sem muitos finais felizes? Nem mesmo na zona Boêmia foi!
“Nossa maior penitência é amar o possível pàra com o impossível!”
[...] Hilda Furação, CÃO!
Ela é a fada, que tira o sono da cidade; Essa cidade que cheira a jasmim e gás lacrimogêneo, mas o, Muguet Du Bonheur...
Sua penitência são cinco anos eróticos que durará e revelará o segredo em 1° de abril de 1964.
"Multhuzinho foi preso;"
"Drummond come criancinha assada;"
"Cadê a chuva Pretty Boy?"
Não há segredo algum!
O primeiro de abril existe.
Mas, Hilda Gualtieri Von Echveger, NÃO!
(Belra Cross/ Hilda Furacão-Roberto Drummond, o comedor de criancinha assada. Assim como existiu esse livro e cita: "eu sou eu e minhas circunstâncias"´, será que Hilda foi uma circunstância? Ou apenas uma consequência de um trabalho bem feito!)