PAI
(Sócrates Di Lima)
Pai, quanto tempo faz,
Que o Senhor não está mais aqui.,
Mas, não é por isto que o Senhor jaz,
No ataúde sepulcral que me separou de ti.
Pai, os anos se passaram,
Mas, jamais posso te esquecer.,
Os anos não me calaram,
Mas, sem ti, aprendi a viver.
Eu me lembro, eu me lembro,
Teus cabelos alvejados.,
Um bigode pretinho e bem cuidado, relembro,
Tua face séria, teus olhos cansados.
Ah! Meu pai, a saudade nunca acaba,
Lembrar de ti, não tem dia nem hora.,
E quando isto acontece, esta saudade desaba,
Me pega de jeito e não vai embora.
E por mais que eu tente escrever,
Para te homenagear,
Palavras vão me faltar, até posso saber,
Pois, tudo que disser, não vai a saudade acabar.
E como o Senhor,
Tantos filhos hão de homenagear.,
Os pais presentes e seja como for,
Os ausentes jamais deixarão de lembrar.
Então meu pai,
Onde agora estiver.,
Minha homenagem aqui vai,
O que mais posso dizer!