REI AZUL
sextilha
Oh rei azul, senhor das marés.
Imensidão incontável das ondas
Como pode vir beijar-me os pés
Regar-me de esperanças e canções
Como caminhos de nuvens
Ser terra, tapete, convés.
É grande senhor das canções
Dos poetas, das odes das ondas.
Como pode humilhar-se convés
Entrelaçar terra, mar, nuvens.
Adorno e filigrana das marés
Para pode beijar-me os pés
Oh rei azul noivo entre nuvens
Tapetes: laminas continua de ondas
Praia de sutis carinhos aos meus pés
Esticas os finos caminhos das marés
Só pra mais uma vez ser convés
Molhar e secar vai e vêm das canções
Oh rei azul das mil noites e marés
Das imutáveis e eternas canções
Dos caminhos incomunicáveis das nuvens
Como tocar sentimentos aos meus pés
Como caber em pequena praia tantas ondas.
Depois humilde e soberano convés
Ritmo e poesia para mim em canções
Carinho sem tréguas aos meus pés.
Caminhos de sal. Finas nuvens
Há beijar-me constante em ondas
Como pode ser terra tapete convés
Quando te sei rei e dominador das marés
Rei azul minha poesia minhas canções
Rei da imensidão sob meus pés
Rei do horizonte azul e das nuvens
Montanhas marinhas curvarem-se ondas
De repente terra tapete convés
E ser mais uma vez senhor das marés.
Poema dedicado à praia de exu queimado