Em minha memória...

Minha presunção: Serei um homem sem epitáfio.

E o que sobrar do meu corpo, entrega-o ao fogo e lança as cinzas, ao vento, para contribuir com o crescimento das flores.

Ou jogue na base de uma árvore...

Daquelas as margens de uma rodovia

Ou mesmo num jardim público

Talvez num parque ecológico...

Quando da chegada da primavera, essas árvores ficam coloridas.

E no dia de finados seria uma festa, por que,

O dinheiro que fosse gastar com coroa de flores, ou com manutenção de sepultura...

Entregue ao primeiro pobre que encontrar pela frente.

Fazer isso em minha memória e, sendo assim,

O pobre vai ficar agradecido...

E eu feliz...

Dalmo Arraes
Enviado por Dalmo Arraes em 24/08/2010
Reeditado em 18/11/2010
Código do texto: T2457066
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