Em homenagem à meu pai. Saudades desse grande ser humano e amigo.

Quando me olho no espelho;
Teu rosto começa a surgir;
Lembro do pãozinho de centeio;
E do canto do bem-te-vi.
Já não sei se sou eu;
Ou se és tu a me dizer:
Como a vida floresceu;
No jardim do alvorecer.
Por que o caprichoso destino?
Deixou-me assim, neste espaço?
Numa saudade em desatino;
Onde falta teu abraço.
Ao vislumbrar minha face;
Como num eterno labirinto;
Sigo cada linha que nasce;
E percebo teu iluminado sorriso.
Ele brilha ao infinito;
Muito além da imaginação;
Lá onde o silêncio tem seu grito;
Nas profundezas da emoção.
                         ACCO
Foca
Enviado por Foca em 28/08/2010
Reeditado em 28/08/2010
Código do texto: T2464622
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