I - MULHER, GÊNESE DA VIDA E DAS GERAÇÕES!
Manoel Lúcio de Medeiros.
I
Mulher, quão amável é dizer teu nome, chamá-lo! Escutá-lo!
Mais doce que o néctar das flores, que mel das abelhas!
Tão terna como o contorno das pétalas, e a força dos estames,
Tão afável quanto o cálice das sépalas, e o brilho das orquídeas!
Mulher, tu figuras a gênese da vida e das gerações,
O calendário não pode esquecer a data de tuas gravidezes,
E nem o tempo pode medir o peso deste teu amor fecundo!
Tens atravessado os milênios, na missão mais impoluta,
Perpetuar a vida, através dos séculos, neste universo infindo!
És o alicerce da vida, na construção das crianças,
Dos jovens, das grandes mulheres, e dos grandes homens!
Tu humanizas cada vida que teu ventre evasivo gera.
Buquê de rosas sedutoras que nos arrasta, encanta, aprisiona,
Sempre aos teus meigos braços, domando-nos aos teus pés!
Banquete de amor que todo homem aspira e sonha em sua vida!
II
Efígie sagrada do belo, capaz de transpor sem dinamites,
As pedras do nosso coração, deixando-o arável, frutificador!
Mulher, apoteose do carinho, do amor, e da felicidade!
Marca do encontro, do reencontro, do entendimento!
Encantadora como o dedilhar sonoro das harpas!
Atraente como o suave solo das liras dos templos sagrados!
És o certificado do bem, do belo, da ternura que aprova,
O leito do homem o qual, tu aqueces e fazes feliz!
És o dial da sintonia do amor, da meiguice, do prazer,
Que ajusta a freqüência dos nossos corações ouvintes.
És a epígrafe das recordações inesquecíveis,
Que registra os melhores momentos da vida!
A mãe de todos os seres viventes, deste vasto globo!
Pois a cada um deles deste um nome singular, chamando-o!
És mulher o poema da vida, que rima em cada coração que ama!
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