sao melancolias....

o São melancolias

a month ago

E como é que se mandam as saudades para o espaço? Como é que se lida com as saudades que se sente de alguém que não está longe???

E se reconsiderar, vais achar-me pateta e insegura? E se reconsiderar, será capricho por não querer enfrentar as saudades de ti? Depois de tantos ensinamentos que a vida me trouxe sinto-me melancólica com a minha própria partida. Será isto que sinto fraqueza?

Por outro lado sei que nunca farás parte do meu mundo, dos meus gostos, da vida que tenho em mim. Sinto tantas vezes que nunca me preencherás nem compreenderás na totalidade. Poderias um dia conhecer-me, mas nunca entender-me na realidade.

E são estas as certezas que me fizeram ponderar por uma partida, por um até sempre… Até que ponto podemos viver uma vida dupla que nos complete e nos comprometa? Partes de nós que se realizem e se completem, mas nunca a sós. Sabes-me incapaz, não sabes? Sabes a minha fibra e a minha lealdade para comigo mesma. E aqui fico, a pensar em ti e no que ficou. E como explico isto a mim mesma? Vai passar depressa ou vai levar tempo?

Deus, como sou de entregas e como incomoda esta minha essência. E tu não sabes… Não sabes nem sonhas. E quantas vezes são as que imagino se pensas em mim e se do teu modo silencioso também tu pensas em mim…ou se por outro lado segues o teu percurso nem sequer te importares com o que vais deixando para trás.

E como recuso o que me está em volta perante a tua lembrança é o que mais me faz assustar. É instinto ou teimosia? E aqui fico. Em lutas constantes entre o que sinto e entre o que penso e frustrada por não me conseguir perceber. Não eram supostas estas melancolias, certo??? Os imprevistos acontecem e deveria ter-me conhecido melhor. Sempre a aprende-se, afinal…

o Simplesmente escrevi sobre ti.

a month ago

E afinal conhecias-me. Pouco…, mas conhecias-me. Deixas-me os abraços e as sensações,… as vibrações tantas vezes vividas. Deixas-me o rasto de que é possível viver depois de um fim, e que esse, se realmente existe, é só quando nós entendemos que assim o seja.

Mantemos convicções e responsabilizamo-nos por elas até ao fim. Sei que a saudade vai doer e que muitas vão ser as vezes em que vou deixar que o mundo corra para eu parar a pensar em ti. Vai saber-me bem parar e pensar. Pensar no que vivi, nos desfrutos, nas sensações já tantas vezes faladas.

Afinal conheces-me porque me estudas e porque quando me deixas falar e olhas-me na realidade. E tantas são as coisas que só noto agora com esta melancolia que me invade. Fomos correctos e essa ternura permite-nos orgulho e dignidade. Sinto tristeza, mas alegria. Passaste por aqui e permiti que me invadisses e o simples facto de ter permitido que o fizesses, fez-me ver que consigo seguir em frente. Permitiste-me olhar de outra forma, de sorrir como há tanto não era capaz. Concretizaste-me!

Deixas saudades e contigo vão toques e gestos que jamais o tempo vai apagar.

Se vou amanhã reconsiderar??? Tenho vontade disso, sabes…, mas tenho também certezas do que quero em frente do meu caminho. E pensar que sou tantas vezes abordada pelo que aqui escrevo e simplesmente escrevo aquilo que sinto por ti.

o E quando se tem de escolher

3 months ago

E é a forma como me olhas que me envolve. Como me falas, como me envolves em ti a cada respirar. Olhas-me! Olhas-me na realidade e quantos de nós podem dizer que são vistos de verdade. E vibras com o que te conto sobre mim e queres insistentemente descobrir-me.

Deixas-me confusa e tonta! E agora? Onde te encaixo naquilo que vivo? Como me alimentas e sofro por pensar que podes não caber em mim. Não imaginas a confusão que para aqui vai. A capacidade de me quereres preencher fazem-me querer entregar e recuar, sabes?

Como se faz quando temos de escolher entre liberdades e afectos? O que se escolhe? Escolhe-se a liberdade que nos é dada e que tantas vezes soa a silêncios e solidão?, ou escolhemos um colo que tantas vezes precisamos. Apareceste e fizeste-me perceber que por vezes é bom cair no colo de alguém. Até que ponto o teu colo não me vai fazer sufocar?

Sabem o que vos confesso??? Ambas as situações me assustam. Decidir entre os Ses, e no fim ficar a pensar no que deixei para trás. As escolhas são sempre difíceis, e as margens de manobra tão curtas que corremos o risco de cair da falésia.

Qual das partes de mim vou ter de escolher?

o É o que te deixo

3 months ago

Começo a conhecer o teu silêncio! Começo a perceber-te e aos gestos que te acompanham na forma como te exprimes. Começo a conhecer uma parte de ti.

Não te mostras, não te dás a conhecer, mas descubro-te pouco a pouco e tu, mesmo sabendo disso, permites que me aproxime docemente.

Permites que me mostre, que me deixe descobrir e aceitas. Aceitas as palavras que te escrevo e respondes. Pouco a pouco, respondes. Respondes da forma que te conheço e aceito.

Tudo tão pouco a pouco quando tanta coisa um dia ficará por dizer e no final lamentaremos. Será que é este silêncio que nos equilibra?, ou não passa realmente de uma forma de não nos aproximarmos?

Que receios transportamos afinal? Que entrega nos é impedida quando sabemos, o mundo pode parar e esperar por nós. Temos essa capacidade e limitamo-nos a fazer passar ao lado tantas vontades.

Faz-me lembrar uma história que vivi e não me permiti a viver mais, sabes? Falei para não perder, e sendo eu feita de palavras, foi ao dize-las que acabei vencida. No fim ficou o silêncio e a falta de receber palavras, faz-me falta até hoje.

Vivem-se histórias inacabadas todos os dias. Vivemo-las porque puro e simplesmente não as terminámos e isso é o que fica. Ficam os sonhos dos s’s, as lembranças, os abraços, mas faltam-nos as palavras, as que perduram, as que nunca morrem, as que ecoam…

Permite-me a um desabafo. Não passa um dia em que em ti não pense, e se o amanhã terminar num silêncio profundo, são estas as palavras que te deixo.

o Silêncios

3 months ago

O silêncio de que te falo, nada tem a ver com os momentos em que passo a fazer todas as coisas ou coisas nenhumas, em que, se não tocar no instante musica alguma, sou eu quem cantarola, na certeza da felicidade que tenho.

Vais-me conhecendo e percebes a segurança que tenho em mim, nos meus actos, nos meus gestos… A história da minha vida fez-me assim. Segura de mim mesma e com certezas do caminho que juro, vou percorrer.

Tenho uma história demasiado pesada para ser contada, e carreguei durante muito tempo o peso do que deixei para trás. Acredita, o que quer que exista, pode sempre ser ultrapassado. Eu sou a prova viva disso mesmo. A dor, independentemente da sua causa, é sempre superável. É uma questão de tempo para a ferida deixar de sangrar, e proíbe-te a manteres a esperança de que a ferida vai sarar. Desacredita-te de tal, … limita-te a viver com isso.

Tenho tanta coisa para te contar e tu não te permites a tal! Até que ponto a tua ferida deixou de sangrar e fico até na incerteza se não terás outras feridas ainda abertas.

Tenho tanto para ouvir de ti, e resignas-te a um silêncio assustador. Qual é a tua entrega afinal??? Qual é a tua procura, a tua busca incessante? Quais são os teus medos e anseios? Perante o teu silêncio, proíbo-me de ficar á espera das tuas palavras. Permito-me no entanto a relembrar todos os gestos trocados, todos os olhares correspondidos. Palavras para quê, nestes momentos?

Sou de palavras, e tu até podes não saber, mas para mim o silêncio sabe a medo e tortura-me mesmo quando por trás alguma música corre ou cantarolo para afastar receios.

Também choro no meu colo, sabes? Quando ninguém sabe, quando ninguém vê!!!

E na certeza da segurança que trago sobre mim, deixas-me a ansiedade na forma como me olhas. Não me permito a esperar e proíbo-me a parar pois o mundo lá fora corre a uma velocidade alucinante. O que posso esperar do teu silêncio? Qual é o significado? O que posso esperar de ti?

Permito-me no entanto, a arriscar, pois perder já deixou de doer à muito, e são poucas as coisas que quando perdidas me fazem quebrar. Por isso arrisco, arrisco a dizer que tenho saudades e que de certa forma, procuro um pouco mais… mesmo que muito pouco, procuro mais… Arrisquei tudo??? Desculpa,… eu sou de palavras, sabes? Não sou de silêncios…

texto perdido no tempo e espaço no meu pc....

homenagem a todas que te conseguiram esquecer....eu fui uma delas e sigo em frente feliz por tudo isto ter acabado....estou a ser feliz....

nokas
Enviado por nokas em 18/10/2010
Código do texto: T2564622
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