- III - POEMAS À CACIANA.

Manoel Lúcio de Medeiros.

SUA IDENTIDADE

III

Outro fato importante, que eu muito observei,

O seu uso com as mãos, e gesticulando os braços,

Que sinal particular, que tira todo cansaço,

Estes coisas que amarram, como se fosse um laço!

Outra coisa admirável, que eu pude observar,

Os seus brincos em conjunto, com aquele seu colar,

Com umas cinqüentas conchas, no pescoço a brilhar,

Parece o sol despontando, no horizonte do mar!

Caciana me desculpe revelar sua identidade,

Mas eu falo como um pai, pois eu tenho esta idade,

Seu ensino pedagógico, modelo tradicional,

Renovou a nossa turma, com um empenho tão total!

Os seus brincos acorrentados, em forma de coração,

E os seus sapatos altos, eu te peço até perdão!

Os termos que você usa, “objeto e sujeito”

Isto tudo lhe distingue, Caciana é o seu jeito!

Você é toda autêntica, não podemos nem negar,

Uma cultura ambulante, podemos forte afirmar,

A UVA com tudo isto, só faz mesmo é ganhar!

Caciana nosso orgulho, você é tão singular!

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Malume
Enviado por Malume em 05/10/2006
Código do texto: T257342