Ibirité deixou marcas em minha alma

Nestas últimas semanas, fiquei lembrando do tempo que eu ia para Ibirité. Lembro que era uma viagem longa, cerca de uma hora do centro de BH até o momento de descer do ônibus. É engraçado como essas coisas marcam a vida da gente.

Boa parte da minha infância e da minha adolescência foi passada nesta cidade, na casa da tia Wilma. Era como se eu fosse para outra dimensão. Acredito que a mágica estava no somatório entre o ambiente e as pessoas que conheci.

Nas longas curvas da estrada, quando o ônibus saia do Tirol, o aspecto visual já se tornava diferente dos demais. O vento batia em meu rosto, que de imediato reconhecia aquela brisa mais pura. A passagem por debaixo da linha do trem lembrava-me que o caminho estava ficando mais curto. O ponto em frente a Pestalozzi dizia que já estávamos a um pulo do bairro Lago Azul, vulgo “Canal”. O chacoalhar dos sapos, o friozinho úmido do ar, o som do latido do Bob... sim, eu estava em Ibirité.

Hoje, quando sinto uma sensação semelhante a esta, a saudade dos amigos que fiz, das histórias que vivi, me torna uma pessoa mais feliz... com pingos de nostalgia.

Andref
Enviado por Andref em 17/10/2006
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