Velho
As mãos cansadas
sob os joelhos dobrados
e redobrados...
Os pés que balançam
ao compasso de longos passos dados
no extenso caminho vivido
e sofrido...
O olhar agora quieto,
perdido no vaivém
das folhas que caem.
As lembranças que insistem em ficar
e marcar seu rosto
com as rugas de sua existência...
Os sentimentos são tantos
que não consegue esconder
num gesto.
Os sonhos, nem sabe quantos,
continuam lá,
uns adormecidos, outros loucos,
esquecidos...
poucos realizados.
Alegrias, algumas,
Sorrisos roucos,
sinceros, espontâneos, amargos,
nem sempre contagiantes,
porém marcantes...
As paixões foram tantas,
Muitas intensas, mas o amor, jura
Foi único e verdadeiro!
Poesia vencedora no Concurso Solano Trindade em 2000.