António Palolo (Évora)
Ilustres Alentejanos
António Palolo (Évora)
Mil novecentos quarenta e seis,
Ocorre mais um parto no Alentejo,
É um gaiato, e para que sabeis,
É um gaiato habilidoso, o antevejo.
Será operador artístico e pintor,
Aprenderá completamente sozinho,
Verá reconhecido todo o seu valor,
Aos dezoito anos, ainda rapazinho.
Terá uma exposição individual,
Sessenta e quatro o ano escolhido,
Enveredará por uma via genial,
Estética Pop o caminho seguido.
Simplificará a geometria da forma,
E, em oitenta, terá nova inspiração,
Será o ser humano e a secreta norma
Que rege, com o universo, a relação.
Terá obras suas nos museus nacionais,
Soares dos Reis um dos contemplados,
Calouste Gulbenkian um outro mais,
Será um, outro, dos Alentejanos afamados.
Francis Raposo Ferreira