A POESIA DE PAULO ADÃO - MEZINHA

MEZINHA

Os versos são para mim analgésicos

se sinto uma dor

uma dor que sinto esquisita

assim, de repente, aflita

sem hora para doer essa dor

Uso sempre a mesma receita

tinta, papel, palavras, rima, tema

como chá de ervas, mezinha

começo a tomar, linha por linha

a dor vira verso, estrofe, poema

Noites há, com esse mal

que passo em insônia sofrida

arrastando pela casa versos sem sal

E a minha cabeça aturdida

pelo torpor dessa dor

Se expulso essa dor no papel

alívio o meu corpo e durmo

mas durmo em vigília !

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AGRADEÇO A TERNURA E O CARINHO DE TODOS QUE SE SOLIDARIZARAM COM ESSE MOMENTO TÃO DOÍDO. MUITO OBRIGADO A TODOS , AS PALAVRAS DEIXADAS NOS COMENTÁRIOS FORAM UM BÁLSAMO PARA MIM E PARA TODA A MINHA FAMÍLIA. NOS PRÓXIMOS DIAS PRESTO AQUI UMA HOMENAGEM AO MEU TÃO QUERIDO E ESPECIAL IRMÃO COM A POESIA DELE MESMO.

+ 24/02/1959 / 06/06/2011

josé cláudio Cacá
Enviado por josé cláudio Cacá em 10/06/2011
Código do texto: T3025342
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