PAI

No olhar amigo

Censura-me e me ensina.

Teu silêncio meu abrigo

Da experiência da vida.

Difícil aceitar

A vida maldade

Que deixa no ar

A dor da saudade.

Amarga é a recordação

Quando a lágrima cai.

Guardar no coração,

Tua lembrança, pai.

Teu carinho

Já não tenho mais.

Na solidão do meu caminho,

Já não esconde meus ais.

Quero matar a morte

Que a saudade me traz.

Minha dor se aborte

No silêncio da tua paz.

Ingrata é a vida

Que vem e vai.

De novo eu queria

Abraçar-te meu pai.

Luiz Carlos Santos
Enviado por Luiz Carlos Santos em 08/08/2011
Código do texto: T3146559
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