PAI
No olhar amigo
Censura-me e me ensina.
Teu silêncio meu abrigo
Da experiência da vida.
Difícil aceitar
A vida maldade
Que deixa no ar
A dor da saudade.
Amarga é a recordação
Quando a lágrima cai.
Guardar no coração,
Tua lembrança, pai.
Teu carinho
Já não tenho mais.
Na solidão do meu caminho,
Já não esconde meus ais.
Quero matar a morte
Que a saudade me traz.
Minha dor se aborte
No silêncio da tua paz.
Ingrata é a vida
Que vem e vai.
De novo eu queria
Abraçar-te meu pai.