Manuel Bandeira

Tenho sim, que nem Bandeira uma doença

Não sua tuberculose, mas o tédio

o vazio também não tem remédio

Seu medo da morte lhe trouxe à poesia

assim como lhe trouxe, o meu me afasta.

O tempo passa e você morreu

e estampado na Bandeira, Manuel

seu poema não pereceu.

Sente-se mal por ter vivido às sombras da doença?

Devias agradecê-la pois livrou-te a cabeça.

de que?- me perguntaria.

da ganância desses jovens por sabedoria

Sabedoria de poder, e não da modéstia.

esta, tão procurada pelos sábios

será encontrada na sumplicidade das poucas "alienadas".

Sente-se mal Manuel, por ser o que foi?

foi uma bênção pelo que era

uma lição de vida pra quem é ou será

sendo somente mais um nome

em um poema

Manuel,

O Bandeira.

FlávioDonasci
Enviado por FlávioDonasci em 18/12/2006
Código do texto: T321542
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