Meditando sobre minha função, a de ser enfermeira,
Às vezes me questiono: porque escolhi esta função para a minha vida? Mas eu tinha uma
Razão para estar aqui, uma única razão: AMOR AO SER HUMANO, um amor
Impossível de entender para as pessoas em geral.
Somente amor... simplesmente amor. Sabe porque?
A elevada tensão emocional advinda do cuidado direto com pessoas
 

Fisicamente doentes ou lesadas, associada a
Outras longas jornadas, à baixa remuneração, a
Um frequente emprego duplo, ao desenvolvimento de tarefas
Realmente desagradáveis por serem repulsivas e aterradoras.
Na realidade tudo isso gera danos à saúde, propiciadores de
Acidentes, de encurtamento de vida ou até mesmo de morte prematura dos
Trabalhadores de enfermagem. Visto que grande parte passa por
Isso tudo, a indagação que se faz é a seguinte: como
Esses profissionais podem buscar encantamento num mundo que é, na
Realidade, marcado principalmente pela dor, tristeza e morte e que

 
Vê-se obrigado, portanto, a tornar o ambiente laboral num espaço
Onde subsistam a alegria, o lúdico e o prazer? SÓ POR AMOR ÀS PESSOAS.
Lembremos àqueles que acham que o enfermeiro não
Passa de um “auxiliar de médico”, que somos muito mais que
Isso pois, além de promover, manter e recuperar o bem estar do paciente,
Na verdade o enfermeiro adiciona “uma pitada” de humanismo aos
Inúmeros tratamentos relacionados à saúde. Em razão de

 
Toda essa dedicação, porque não meditarmos sobre a
Homenagem que a escritora Lilian Jardim fez sobre
O Dia Internacional do Enfermeiro, 12 de Maio? “Gente, enfermeiro, gente
Mui amada que cuida de gente; amado, criticado, desejado, tolerado,
Esquecido no tempo da bonança e querido no tempo de sofrimento. A ti, que
 

Muitas vezes suportas a dor no olhar de um doente, que ris quando queres chorar, que
Amansas o teu coração quando te apetece gritar, que
Realmente abafas a mágoa de seres gente, é
Impossível não homenagear-te. Tu, que vagueias
Sempre velando na calada da noite
Aqueles que confiam em ti nas noites infindas, sofridas... enfim,
 

A ti, enfermeiro, que mitigas a alma e o corpo de quem
Sempre geme as dores de ser simples mortal, é
Impossível não citar que, na
Realidade, enalteces o sentido da vida e
A dignidade humana,
Muitas vezes se esquecendo que também és gente”.

 
VALORIZEMOS-NOS, PORTANTO, ENFERMEIROS!
                                                       

Elixis - 22/09/11
O Iluminado
Enviado por O Iluminado em 11/10/2011
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