"HOMENAGEM A CASTRO ALVES"
- PAÍS ESCRAVO-
E descobriu-se um País onde tudo se preste
Pra engrandecer as potências que o assedia
Dotado de riquezas... Nasceu um País agreste...
Mas hoje o que se vê, é uma tremenda covardia.
Pai Celestial, Onipotente! Que País me deste,
Imprudente, que vive à revelia?!...
Tuas cores profundas nos mostram a beleza
Que brota da terra, do céu e do mar
Enquanto os daqui, só reconhecem pobreza,
Enriqueces alguém, mesmo sem aqui estar...
Dizem os livros que há muito só és grandeza
Pois o que se planta, aqui vai brotar,
Mas não se sabe o porquê a tua imensa maioria
Sofre esquecida de fome, dor e agonia!...
É um crime se ter esta fonte secando!
Famílias sem esperanças; crianças sofrendo
Não se sabe o que se fez, nem o que está se passando
Nas cabeças dos “chefes” que só vivem prometendo...
É uma lástima, Pai!... Eles estão nos torturando,
Levando todos à loucura, e é isto que eu não entendo...
E, por que, Pai, chamam-nos de “Terra Abençoada”
Quando o que se reflete á a imagem de “terra abandonada”!...
(ARO. 1991)