Cleisson B. Peralta

Somos amigos pessoais (não estranhe o tempo do verbo, leitor, pois a vida continua e os laços que unem duas pessoas jamais se rompem) desde longa data. Conheci-o através do movimento espírita. Peço licença à família para falar do Cleisson. Não tenho dele dados pessoais. Nosso intercâmbio de idéias e planejamentos sempre estiveram envolvidos com a divulgação do Espiritismo e guardo dele a lembrança de um homem dedicado, amigo, interessado nas causas nobres, desprendido e sempre pronto a atender quem lhe buscava.

Soube de sua partida para a Pátria verdadeira através de um telefonema. Encontrava-me em Campinas e não pude comparecer para o velório e sepultamento.

Mas, muito mais que homenagear o amigo, o objetivo deste artigo é destacar que além da família e do industrial, Cleisson beneficiou muito a cidade de Jaú e uma região toda. Aos leitores que não são espíritas, a idéia fica vaga. Mas para os que são espíritas e conviveram no movimento saberão distinguir com clareza o teor da presente afirmativa.

Esta abordagem está distante de querer divulgar o Espiritismo. O objetivo aqui é destacar o cidadão, que por coincidência era espírita. Seu esforço e dedicação por causas nobres (entre as quais destacava-se o ideal espírita) estiveram marcados pela perseverança.

Foi através dele que Jaú sediou duas Confraternizações de Mocidades Espíritas (um movimento expressivo no estado); foi por ele que Jaú conquistou a posição de "regional" na divisão territorial do movimento espírita no estado; foi através da dedicação dele próprio que foi possível - somado aos esforços de outros companheiros, é claro - instalar a Banca do Livro no centro da cidade e a Feira do Livro realizada anualmente ou ainda programa radiofônico espírita; foi também através de seus esforços que Jaú recebeu peças teatrais de renome e oradores espíritas de grande expressão como Divaldo Pereira Franco e outros. Embora não tenha concluído seu sonho da Casa do Espírita, plantou a semente que embora parcialmente conquistada, dará frutos no tempo certo.

Isto tudo com muita discrição. Seu nome pouco aparecia, mas ele trabalhava sempre. E abriu caminhos que só o tempo fará conhecer a extensão.

Por tudo isso, nossa gratidão e pensamentos de carinho ao amigo Cleisson.

À família, nossos sentimentos. A vida continua para todos e o melhor que podemos fazer por ele é pensar no bem que espalhou enquanto aqui esteve.

Orson
Enviado por Orson em 02/01/2007
Código do texto: T334124