Pobre Leocádia!


Nem sempre o que se vê reflete a verdade!
Numa fúria cega entre o ódio e à traição...
Uma mulher possuída pelo orgulho ferido,
Ao sorver amargor e rancor desmedido!

Por uma atitude insana e cruel arquitetou um plano:
Dar cabo da jovem donzela que vivia sua querela...
Que humilde descia todos os dias à ladeira...
Ridente, cabelos ao vento...e sua sina... esperar!

Por não compreender à luxúria do mundo...
Foi levada ao vale da morte! Pobre donzela!
Brutalmente assassinada, esquartejada...
Por mãos desgraçadas... e sangrentas!

Quem sem dó ou piedade, arremeçara-na ao fosso...
Jogando sobre às águas escuras nos veios das pedras,
E, como prova descabida, a vil senhora, uma prova pediu:
Os seios ardentes da bela jovem; e seu intento cumprir!

Numa urdidura mordaz com os seios em suas mãos,
Transformou-os em alimento preparado, contumaz...
Oferecendo ao seu homem... que sorvera inocente...
Se fartou, labusou-se da iguaria fatídica naquele tarde!

Porém, a monstruosa megera: gritava aos quatro ventos:
 -- Coma desgraçado... Os  belos seios da sua Leocádia!...
Que hora funérea repousa nas gretas e veios das pedras!



                   Baseado em uma história real:
Uma Jovem foi assassinada ...a mando da senhora,

Dona Raquel,  na fazenda Carnaíba de Dentro,
Nos anos de 1890 - Guanambi-Ba;
O local do crime...trasformou-se em símbolo de peregrinação...
Homenagem e culto... pela alma da jovem... inocente donzela,
considerada "santa" pelo povo da região - 
                   Santa Leocádia!


 

Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 19/11/2011
Reeditado em 30/08/2012
Código do texto: T3344361
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