Um pracinha brasileiro da segunda guerra mundial (1939 a 1945)

Na lápide, apenas um nome,

Sem rosto, sem corpo, sem nada...

Restaram as datas de nascimento e morte.

Um parente, um amigo... Por sorte,

Talvez, se lembre de sua história.

Bravo soldado, pracinha da FEB,

Foi morto durante a vitoriosa caminhada,

Integrando o 2º Batalhão do Regimento,

Na campanha da Itália. A figura desse brasileiro,

Como as de outros tantos camaradas,

Mortos em ação, não podem ser esquecidas.

Na guerra, eles cantavam:

“Nossa fama se perde distante,

no silêncio dos tempos passados,

onde vemos erguer-se, gigante,

A memória de bravos soldados!”

(Canção do Regimento Sampaio)

Naquela península Italiana,

Bravos soldados morreram, viveram...

Para que fossem alcançados os louros da vitória.

Enfrentaram com bravura e destemor o inimigo.

Mas, das agruras às trincheiras, restaram os tiros de fuzis,

Canhões, granadas, bombas, a fome...

E, nessa lápide restou o esquecimento, a solidão.

O Capitão Valdir Moreira Sampaio,

Comandante da 5ª Cia. foi um bravo combatente,

Oficial que se fazia respeitar entre seus pares,

Foi o grande comandante desse gigante esquecido.

Aqui, jaz um pracinha guerreiro que, deu a sua vida

Para salvar as dos outros, inclusive a minha,

Para que a humanidade continuasse viva...

Sem ao menos nunca tê-lo conhecido.

Texto baseado no livro “UM CAPITÃO DE INFANTARIA DA FEB” Biblioteca do Exército Editora – RJ – 1999 / autor – Ruy Leal Campello