COSTELINHAS PARTIDARIAS

Por do sol, em uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte,em meados do mês de Julho,de uma data qualquer, é visível a imagem de pessoas caminhando com bandeiras,camisas de candidatos e santinho. Mesmo pelo fato de estarem em um período de Eleições Estaduais.Os grupos estão aglutinados,turmas saem para defender aquele candidato, que acreditam, ou somente trabalha para ganhar alguns trocados.Dentre essas executivas do voto, o que mais chamou minha atenção, foi uma turma, em especial, composta por três mulheres e um rapaz.Eles além de trabalhar,defender a proposta que lhes foram confiadas, encontravam tempo para reunir-se, em uma bancada de pedra,de tamanho média,com cadeiras em veludo vermelho, bancos de plástico em diversas cores, que nos remetem a mais pura e doce nostalgia,de momentos impares da infância.

Assentados sempre com uma bebida em um lindo copo, taça,ou candelabro, era assim, celebrado o brinde diário, com assuntos e prosas, pertinentes no dia a dia que resultaria em acontecimentos trágicos e cômicos de uma discussão,ou até mesmo alguém que ao panfletar na rua, poderia cair em um buraco.Enfim, um local que o resultado de tudo colocava-se sobre a bancada. Não podemos esquecer do cardápio variado que consistia impreterivelmente em uma brusqueta,filé fatiado com molho especial,pão com queijo e limão, tudo feito com prazer pela anfitriã,sem contar o tradicional angu com frango que era guarnecido com um bom e agradável bate papo.Bons e saudosos tempos, onde por acaso, em um toque de telefone,campahia,ou até mesmo buzina, anunciara a chegada de mais um conviva para assim se fartar de uma boa conversa,entranhados em, oro-pronobis, harmonizados com costelinhas de porco e siglas partidárias.

Renato nascente 17/12/2011