SONETO (de Arnoldo Boson)

Um amigo poeta e músico daqui de BH escreveu seu primeiro soneto e o ofereceu como homenagem a mim.

Fiquei tão feliz e gostei tanto pela beleza, inovação, musicalidade e originalidade, que quero registrá-lo aqui, neste espaço:

Soneto,

Eu que ria, eu que dizia em poesia não me meto

... Que bobagem, que viagem, virar pajem de um soneto

Vê se eu vou perder meu tempo com estrelas ou luar

E ficar contando letras... pra depois vir suspirar

Mas um dia, ventania, quem diria, veio ao vento

Um amor, um explendor, que tem a dor por seu sustento

Veio linda e foi-se embora qual aurora repentina

(Mas ficou dentro dos olhos, tatuada na retina)

Já não zombo dos poetas... hoje eu sei, paguei a língua

Aprendi que a poesia torna bela a triste míngua

Já passou aquele tempo de estrelas não olhar

Eu agora conto letras...de pensar me falta o ar

Eu que ria, eu que dizia em poesia não me meto

que bobagem, que viagem... é tão bom fazer soneto

Arnoldo Boson
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 13/02/2012
Reeditado em 08/10/2012
Código do texto: T3496219
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