O Mar, o Céu, a Lua...
Em uma aldeia distante conta-se uma antiga lenda.
E em razão desta, nas noites de lua cheia comemora-se uma festa, que não é bem uma festa, pois todos ficam em silêncio e após longas horas de observação, abraçam-se e choram.
Conta-se que um pescador da região em noites de lua cheia levava seu filho á beira do mar, sentavam nas pedras e se punham a observar. Depois de horas imóvel observando a lua entre o mar e o céu, interrogava seu filho.
O que vê meu filho?
O jovem rapaz respondia: - Nada, meu pai. E em seguida o pai chorava, chorava.
E Esta cena se passou por vários anos e o ritual sempre se mantinha. Até que um dia, o pai descansou.
Naquela noite de lua cheia, o jovem sozinho como sempre fizera, na mesma pedra se sentou e observou. De supetão, virou-se para o lado e ao dizer automaticamente à frase compreendeu a razão pela qual seu pai chorava.
Ele apenas via a lua, o céu e o mar, mas, não via seu pai, que de tão próximo podia ser tocado.
Por isso abrace aquilo que está ao seu lado, não busque o imaginário, o impossível, pois, amanhã o desejo de afagar, acariciar, falar poderá tomar contar do seu ser e os obstáculos da vida talvez venham impedir.