Bodas de 45 anos de casados

Quarenta e cinco anos de união.

Que bodas devemos festejar?

Cinquenta anos: bodas de ouro.

E 45, que nome devemos dar?

Boda de platina,

de alegria,

de emoção,

de encantamento.

De dissabores,

de recordações,

às vezes, decepção.

Acordar com um cara ranzinza,

que não quer conversar,

marido chegando do trabalho

geralmente muito cansado,

ou mesmo aposentado,

mas sentindo-se desocupado.

Filhos já crescidos, no entanto,

ainda dando muita preocupação:

como diz bem o ditado "Filho

criado, trabalho redobrado"

Quando crianças, então,

chorando de dor de barriga,

dor de ouvido ou todo molhado,

e o marido vira de lado,

já era o sono tranquilo!

Tudo isto vem misturado,

com as lembranças da dores

do parto, e as aventuras da

mamãe de primeira viagem,

que se tornava uma briga.

Além de toda reclamação,

pois o marido sente-se trocado

pelo filho, é o ciúme danado,

que acaba com qualquer chamego,

causando um grande desespero.

São tantos dias vividos,que agora,

não dá para se descrever,

portanto neste momento e hora,

os filhos, amigos e parentes,

reunidos aqui se encontram,

para fazer uma homenagem singela

a uma união tão bela

de Ulices e Odette

e lhes pedimos que possamos

assistir, depois dessa declamação,

a ambos darem um abraço

e um beijo com toda emoção,

para o aplauso de todos

por tão querida união!

( Este poema foi lido a minha irmã e meu

cunhado em 05/10/2008 em suas bodas )

Marlene Couto
Enviado por Marlene Couto em 02/06/2012
Reeditado em 06/06/2014
Código do texto: T3701712
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