SÉRIE: MUSAS DE MEUS VERSOS - 40 - Fernanda Wendt

Eu sempre quis a descrição das cenas que o fascínio me apresenta

Agir igual quem tenta retratar a própria vida numa tela

Achar numa aquarela a cor de quem a própria arte reinventa

Como um artista que ostenta a inspiração que só a ele se revela!

E desse modo, há tanto tempo me propus a detalhar tua ternura

A pele alva qual talhada de candura, essa feição de musa medieval

Sobrepujar o trivial, poetizando esse passeio do irreal com a loucura

Que me ilumina em madrugada mais escura com seu olhar angelical!

Seu traje é timidez e seu poder se vai além da infinda fronteira

De uma maneira que a mim só cabe admitir que não me cabe

Ciente que por mais que não se acabe o curso de tanta beleza

Me embrenho em tal delicadeza, como criança que falar nem sabe!

Assim me sinto ao voar no céu tão fascinante que é Fernanda

Tal como o vento da varanda que traz notícias de uma tarde anunciada

Que como orvalho em minha estrada se fez esparramada lavanda

Que em liberdade me comanda, mantendo-me a alma por ela aprisionada!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

www.reinaldoribeiro.net

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 08/07/2012
Reeditado em 08/07/2012
Código do texto: T3766257
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